Esta história das selecções que elogiei aqui no último post, tem efeitos perversos. A fazer crer nas noticias da imprensa de hoje iremos jogar a Paços de Ferreira sem Aimar, Di Maria e Maxi. Se as ausências de Di Maria e Maxi podem ser compensadas por Coentrão e Rubem Amorim já a ausência de Aimar levanta problemas mais complicados porque se somam ao desgaste de um jogo fora na Liga Europa. Já não é só a necessidade de substituir 3 jogadores mas é fazê-lo num quadro em que os outros estão mais cansados.
Com Carlos Martins ainda a recuperar da lesão e sem ritmo para este jogo, existem 3 hipóteses no plantel para substituir Aimar: Nuno Gomes, César Peixoto e Filipe Menezes.
A opção Nuno Gomes dará naturalmente um maior poder ofensivo no último terço do campo mas tenderá a aumentar a distância entre os médios e os avançados uma vez que o Nuno não é um transportador de jogo natural como o Aimar que muitas vezes vem quase junto de Javi buscar a bola para arrancar com ela pelo meio campo adversário. Nuno é muito mais um jogador de tabelas rápidas já no último terço do campo pelo que a opção por ele implicará o adiantamento de Javi (impedindo naturalmente as cavalgadas de David Luiz) ou uma maior tendência de Ramires encostar ao meio (deixando orfã a meia direita).
Já a opção César Peixoto é uma incógnita. No único jogo onde jogou na posição 10 (em Poltrava) jogou bem mas perdemos. Além disso a sua utilização na posição 10 obrigaria a uma 4ª mudança na equipa dos últimos jogos com a entrada de Schaffer para lateral. Já seriam 4 alterações em 11 o que provavelmente acabaria por afectar os automatismos da equipa. Das 3 hipóteses confesso que é a que me agrada menos.
Por fim a opção Filipe Menezes. O miúdo tem bons pés conforme se viu o jogo com o Bate Borisov mas será que está preparado para um jogo duro como vai ser o de Paços? Só JJ saberá mas é um facto que a sua utilização será a opção que permite melhor manter os automatismos da equipa com Javi mais atrás a varrer todo o meio campo defensivo e a recuar quando David Luiz avança criando desiquilibrios no meio campo e também permite que Ramires abra mais na meia direita compensando nclusive a menor propensão atacante de Ruben face a Maxi.
Olhando para as opção que JJ tomou no jogo com o Bate (poderia perfeitamente neste jogo ter apostado em Peixoto para 10 e Schaffer para lateral) parece-me que será esta a opção.
Vamos ver. A única coisa que não tenho dúvidas é que este vai ser o jogo mais dificil de todos os que já fizémos. Mais ainda que Leiria e Guimarães. O Paços já mostrou em Alvalade e em casa com o Porto que tem uma defesa muito certinha (mesmo sem recorrer em excessivo à falta - vamos ver se mantém este registo contra nós), e que é perigoso no contra ataque. Vão estar moralizados com a perspectiva de um Benfica mais fraco devido ao desgaste do jogo em Atenas e devido à falta de 3 titulares habituais. E, como é óbvio, vão usar aquela reserva extra de energia que todas as equipas têm quando jogam com o Benfica.
Se ganharmos 2ª daremos um grande passo para consolidar a equipa e mostrar que o plantel tem realmente alternativas para uma época longa e desgastante.
Força Benfica.